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Linfomas: dos sinais ao tratamento



Linfomas são tipos de câncer que atingem o sistema linfático, parte fundamental da nossa rede de defesa contra agentes causadores de doenças.



Para entender o que são linfomas, é preciso conhecer um pouco do sistema linfático. Trata-se de uma rede formada, entre outras estruturas, pelos órgãos que produzem células de defesa do organismo e pelos vasos que as transportam pelo corpo. Uma outra função do sistema linfático é realizar a drenagem do excesso de líquido dos tecidos, filtrando-o e reconduzindo-o ao sangue.

Pelas vias do sistema linfático, circulam glóbulos brancos, em especial os linfócitos, células encarregadas de combater vírus, bactérias e outras ameaças ao corpo.


O linfoma ocorre quando uma dessas células sofre uma mutação e torna-se maligna (cancerígena), reproduzindo-se de forma descontrolada e se espalhando por todo o organismo.

Há dois tipos principais de linfoma, o linfoma de Hodgkin, também chamado de doença de Hodgkin, e o linfoma não Hodgkin. Trataremos de cada um a seguir.


O linfoma de Hodgkin representa cerca de 20% dos casos da doença e costuma ser diagnosticado principalmente entre adultos jovens, com pico na faixa entre 25 e 30 anos.


Esse tipo de câncer se espalha de forma ordenada, pelas vias do sistema linfático, e tem como característica a presença de uma célula maligna grande e de fácil identificação, conhecida como célula de Reed-Sternberg. Pode se originar em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nos gânglios linfáticos localizados no tórax, pescoço e axilas.


O principal fator de risco para esse tipo de linfoma é a imunidade suprimida, por exemplo, pela infecção causada pelo vírus HIV ou por uso de medicamentos imunossupressores (como os que são usados em pacientes transplantados, para evitar a rejeição dos órgãos). A existência de um ou mais casos desse tipo de linfoma na família também aumenta o risco, embora em menor escala.


Enquanto o linfoma de Hodgkin se manifesta de forma ordenada e com um tipo específico de célula, o linfoma não Hodgkin (uma denominação que compreende vários tipos de linfoma) ocorre de forma desordenada e não tem um tipo celular específico.


Outra diferença é que, ao contrário do linfoma de Hodgkin, que ocorre com predominância em adultos jovens, o linfoma não Hodgkin é mais comum em idosos.

Esse tipo de linfoma tem uma lista mais extensa de fatores de risco:

  • Sistema imunológico prejudicado por doenças hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo vírus HIV, por exemplo;

  • Infecção pelos vírus HTLV-1 e Epstein-Barr ou pela bactéria Helicobacter pylori (a causadora de úlceras gástricas);

  • Exposição a doses altas de radiação;

  • Exposição a agrotóxicos e a alguns produtos químicos e derivados do petróleo utilizados principalmente na agricultura e na indústria.


O primeiro sinal de um linfoma, seja de Hodgkin ou não Hodgkin, costuma ser o surgimento de caroços ou ínguas indolores, os chamados “gânglios aumentados” no pescoço, tórax ou axilas. Na maioria dos casos, o caroço costuma ser benigno, mas, se você notar o aparecimento no seu corpo, procure assistência médica para investigar, pois o diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura.


Outros sintomas de linfoma podem ser:

  • Suor noturno

  • Perda de peso sem motivo aparente

  • Febre

  • Coceira na pele

O diagnóstico da doença geralmente é feito por biópsia dos gânglios linfáticos, com investigação a partir do aparecimento dos primeiros sinais. O exame clínico é feito pelo médico, apalpando as regiões onde é mais fácil detectar alterações: pescoço, axilas e virilha. Como há partes do corpo que não podem ser acessadas pela palpação, o médico poderá solicitar uma série de exames complementares, como de sangue, imagem e até medula óssea para confirmação diagnóstica e análise da extensão da doença.


A maioria dos casos de linfoma tem cura com o tratamento adequado, principalmente se a doença for diagnosticada no início.


O tratamento é indicado conforme o tipo específico de linfoma e o estágio da doença (a extensão e o acometimento de outros órgãos, por exemplo).

Costuma-se tratar a maioria dos linfomas com os seguintes métodos, que podem ou não ser combinados entre si:

  • Quimioterapia

  • Imunoterapia

  • Radioterapia

  • Transplante de medula óssea

Na maioria dos casos, os linfomas são doenças curáveis se forem descobertos nos estágios iniciais e tratados adequadamente. Após o tratamento, os pacientes devem seguir fazendo acompanhamento médico, com consultas periódicas, cujos intervalos aumentam progressivamente.


Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Abrale, Ministério da Saúde, INCA

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