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Saúde mental: enfrentando pensamentos repetitivos


Em alguns casos, o pensamento é como uma planta: quanto mais você nutre e dá atenção, mais ele cresce. E isso vale tanto para os positivos quanto para os negativos.

Portanto, fica a dica: se você tem pensamentos ruins com frequência e sente que tem sido cada vez mais difícil cultivar pensamentos bons, tente encará-los.


Mas, depois disso, como lidar com esses pensamentos repetitivos e negativos? E quando eles representam um risco para o bem-estar? É muito importante estar atento aos seus próprios pensamentos, pois eles podem indicar que você precisa de ajuda profissional.


Experiências pessoais e coletivas influenciam na forma como enxergamos a nós mesmos e o mundo. A criação familiar e a educação recebida, as crenças, os valores e conteúdos midiáticos, por exemplo, são fatores ligados ao surgimento dos pensamentos.

Ninguém consegue controlar todos os pensamentos e é natural ter ideias negativas de vez em quando.


O problema é que, se eles forem repetitivos e não forem questionados, podem induzir a pessoa ao sofrimento e provocar baixa autoestima.



Pensamentos criam conexões neuronais. À medida que um pensamento (seja ele negativo ou positivo) surge com frequência e é alimentado, a conexão associada a ele se fortalece.


Assim, uma rede neuronal é criada no cérebro e fica ligada a um determinado tipo de comportamento, que, por sua vez, dispara um estado emocional.


Por isso, é preciso identificar a intensidade e a frequência com que concepções negativas ocorrem. Se não são uma exceção, a pessoa provavelmente vive em um círculo vicioso e desgastante, que pode resultar em transtornos, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico etc.


O fato de você se incomodar com a falta de pensamento positivo já é um indício de que você pode olhar com mais atenção para os tipos de pensamento que costuma ter.


Mas, além de identificar os pensamentos repetitivos, é importante saber como lidar com eles. Diante de ideias negativas e frequentes, tente entender se você está encarando a situação de forma isolada, se está fazendo suposições demais ou pensando de forma extrema – o famoso 8 ou 80, sabe?

Outras dicas que podem ajudar são:

Questione seus pensamentos negativos. Cada vez que eles surgirem, vale interrogar: isso é verdade? Como eu posso ter certeza disso? Por que eu devo acreditar nessa ideia?

Pratique a atenção plena. Os pensamentos repetitivos costumam se referir a uma situação passada ou futura. Procure concentrar-se no momento presente.

Escreva sobre o que você pensa. Dessa forma, você pode ter condições de enxergar a situação de forma ampla, refletir com calma e buscar possibilidades de pensamento positivo.

Exerça a autocompaixão. Que tal ter um pouco de empatia e generosidade consigo? Vale aplicar a seguinte comparação: “se fosse meu melhor amigo relatando esse pensamento negativo, o que eu diria para ele?”.

Converse com alguém de confiança. Falar abertamente ajuda a evitar o esgotamento mental causado pelos pensamentos ruins. Além de familiares e amigos, você pode procurar orientação com um profissional da saúde mental.


Se as ideias negativas moldam sua personalidade, atrapalham sua qualidade de vida e dificultam sua rotina, opa, sinal amarelo! Afinal, a falta de pensamento positivo e o excesso de pensamento negativo não formam uma equação saudável.


O conjunto de pensamentos que envolvem desesperança, sensação de aprisionamento, raiva, desejo de vingança e, principalmente, a ideia de tirar a própria vida são sinais de pensamentos suicidas.


As condições de saúde mental são um aspecto determinante da ideação suicida. No Brasil, cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos e cerca de 96% dos casos têm a ver com transtornos mentais.


Prevenir requer a diminuição dos fatores de risco (como a incidência de pensamentos suicidas) e o aumento dos fatores de proteção (como o acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra e tratamento com antidepressivos seguindo a orientação médica).



Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Ministério da Saúde | Cartilha Setembro Amarelo | Diário Catarinense

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