Já parou para refletir, de verdade, sobre o significado de cuidar da saúde? Viver uma vida longa pode até ser comum hoje em dia, mas sem qualidade você não consegue aproveitar todo esse tempo, concorda? Para os homens, em especial, a conversa fica um pouco mais séria.
Por uma série de fatores e a maioria deles envolvida em um tabu, segundo o Ministério da Saúde, os homens buscam menos os serviços médicos do que as mulheres e, quando buscam, em 70% dos casos, fazem isso por influência de uma mulher.
Para ampliar esta reflexão, hoje vamos falar sobre prevenção do câncer! Por ser uma doença multifatorial, pode ter diversas causas e origens. Algumas delas realmente não podemos mudar, como a idade e a história familiar. Mas existem formas de preveni-la que estão ao nosso alcance.
E, se informação é poder, a partir de agora você terá o que você precisa para se cuidar melhor! Então, vamos conhecer um pouco mais sobre os principais tipos de câncer que acomete os homens.
Câncer de próstata
Um dos tipos mais comuns entre os homens. É considerado um câncer da terceira idade, já que 75% dos novos casos no mundo são registrados em pacientes acima de 65 anos.
Apesar de frequente, é importante destacar que, na maior parte das vezes, o tumor cresce de forma lenta, sem apresentar sintomas. No entanto, alguns tumores podem se desenvolver rapidamente e se espalhar para outras partes do corpo.
Sintomas: dificuldade de urinar, aumento da frequência urinária, sensação de que a bexiga não esvaziou, sangue na urina ou no sêmen, dificuldade de obter ou manter uma ereção, desconforto ao ejacular, dor persistente na região pélvica, costas ou quadris.
Fatores de Risco: idade acima de 50 anos, histórico familiar de câncer de próstata, etnia, obesidade e exposição a agentes cancerígenos, como metais, radiação e tabaco.
Prevenção: consultas regulares ao urologista após os 50 anos, realização de exames de rotina, alimentação saudável e prática de atividade física.
Câncer de intestino
Também conhecido como câncer colorretal. Desenvolve-se a partir de alterações em lesões benignas, como os pólipos, que podem crescer na parede interna do intestino. Felizmente, quando detectado precocemente, a maioria dos casos é curável.
Sintomas: mudança do hábito intestinal, com a presença de diarreia ou constipação; sangue nas fezes; dor abdominal persistente ou intermitente; perda de peso sem motivo aparente; fraqueza e fadiga.
Fatores de Risco: idade acima de 50 anos, histórico familiar, alimentação pobre em fibras e rica em gorduras, sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, doenças inflamatórias intestinais.
Prevenção: alimentação saudável, rica em frutas, vegetais e carnes magras; atividade física regular; peso dentro dos níveis saudáveis; eliminação do álcool e do tabaco; exames de rotina; consultas regulares ao médico.
Câncer de pulmão
Apesar de os números virem diminuindo desde a década de 1980, esse tipo de câncer ainda é o terceiro mais comum entre os homens brasileiros. Ainda hoje, o cigarro é apontado como o principal fator de risco para esse tipo de câncer, sendo responsável por 85% dos diagnósticos.
Os primeiros sinais podem ser confundidos com outras doenças respiratórias, por isso, o problema costuma ser detectado tardiamente. Isso é ruim, já que o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura.
Sintomas: tosse persistente; dor no peito; rouquidão; falta de ar; tosse com sangue; perda de peso inexplicável; fadiga; infecções respiratórias frequentes, como bronquite e pneumonia.
Fatores de Risco: tabagismo (ativo e passivo); exposição a agentes cancerígenos, como amianto e arsênico; poluição do ar; histórico familiar e idade.
Prevenção: deixar de fumar, evitar exposição à fumaça do cigarro, evitar agentes cancerígenos, fazer consultas regulares ao médico e exames de rotina.
Câncer de estômago
O adenocarcinoma é o tipo mais comum de câncer de estômago, sendo responsável por cerca de 95% dos casos. Seu maior fator de risco é a infecção pela bactéria H. pylori, que causa gastrite crônica e pode levar ao desenvolvimento de células cancerígenas.
Embora a taxa de incidência tenha diminuído nas últimas décadas, é fundamental se prevenir, especialmente se você é homem com mais de 50 anos, afinal essa parcela representa 65% dos pacientes.
Sintomas: desconforto abdominal, perda de apetite, perda de peso, náuseas e vômitos, sensação de saciedade mesmo comendo pouco, azia e indigestão, sangue nas fezes, anemia.
Fatores de Risco: infecção por H. pylori, consumo excessivo de sal, baixa ingestão de frutas e vegetais, idade acima de 50 anos, sexo masculino, história familiar, tabagismo e consumo de álcool, gastrite atrófica e anemia perniciosa.
Prevenção: tratamento da infecção por H. pylori, alimentação saudável, controle do peso, eliminação do consumo de álcool e tabaco, exames de rotina e consultas regulares ao médico.
Câncer de boca
Esse tipo de câncer trata-se de um tumor maligno capaz de se desenvolver em regiões como lábios, gengivas, bochechas, língua e palato. Embora menos comum, pode causar grande impacto na qualidade de vida do paciente. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial.
Sintomas: lesões que não cicatrizam e manchas (brancas ou vermelhas) na boca; inchaço ou nódulos na boca, língua ou pescoço; dificuldade para mastigar ou engolir; dores na boca; rouquidão persistente; sangramento ao escovar os dentes ou mastigar os alimentos.
Fatores de Risco: o uso de qualquer tipo de tabaco é o principal, seguido de infecção por HPV, exposição solar (câncer de lábios), alimentação pobre em frutas e vegetais, sistema imunológico enfraquecido e idade.
Prevenção: abandono do tabagismo e do consumo excessivo de álcool, proteção solar, alimentação saudável, higiene bucal, vacinação contra o HPV, exames de rotina e visitas regulares ao dentista.
Percebeu como, em todos os casos, existem alguns denominadores comuns quando o assunto é prevenção? É por isso que reforçamos tanto a importância do acompanhamento médico e do estilo de vida saudável.
Você pode começar com pequenas mudanças e, aos poucos, evoluir para uma rotina mais equilibrada e ativa. Então, por que não começar hoje mesmo?
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência SA 365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fonte: Instituto Nacional do Câncer (1, 2), Ministério da Saúde
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