Bebê a caminho? A expectativa da chegada do novo integrante da família costuma ser cercada de alegria e algumas preocupações. Entre elas, os cuidados durante a gestação, a preparação para o parto e amamentação e, claro, o quartinho do bebê.
Mais que decidir a decoração – se o tema vai ser ursinhos, princesas, heróis, carrinhos ou neutra –, é importante assegurar-se de que o ambiente seja seguro, aconchegante e prático para a criança e para os responsáveis.
Além do quarto de bebê tradicional, os chamados quartos montessorianos (inspirados nas teorias da pediatra italiana Maria Montessori) também vêm ganhando cada vez mais espaço nas lojas de móveis infantis.
O que precisa ter no quarto de bebê?
Nenhuma casa é igual à outra: as famílias são diferentes e, da mesma forma, os quartos também podem ser diversos. Mas, em geral, o quarto de bebê tem lugar para trocar fraldas, amamentar, guardar roupinhas e brinquedos – e, claro, dormir.
Nos primeiros meses, o mais importante é ter um lugar confortável para amamentar, seguro para a troca de fraldas e para dormir. Confira aqui dicas sobre segurança do quarto de bebê, especialmente berço e trocador. Conforme o bebê começa a se arrastar ou engatinhar e se interessa mais pelo mundo à sua volta, é hora de dar mais atenção à disposição dos brinquedos e de outros objetos.
Uma dica adaptada da filosofia montessoriana é colocar-se no lugar do bebê. O que ele consegue enxergar quando está no quarto? Quais objetos estão ao alcance da vista e das mãos? Pense nisso pelo viés da segurança, mas também pelo dos estímulos.
Para garantir a segurança, é importante: evitar móveis com quinas pontiagudas, cuidar para que não haja objetos cortantes ao alcance das crianças e usar protetores de tomada e redes de proteção nas janelas. Cômodas e gaveteiros também precisam ser bem firmes, pois são quase um convite para serem escalados pelos pequenos exploradores. Se forem muito leves ou soltos, podem causar acidentes.
Quarto montessoriano: um ambiente voltado para o desenvolvimento da autonomia do bebê
Engana-se quem pensa que, para montar um quarto montessoriano, basta colocar uma cama em forma de casinha no lugar do berço. A caminha baixa é um dos elementos que visa dar mais autonomia ao bebê – para que ele não dependa sempre do adulto para deitar ou levantar –, mas não é o único.
Aliás, ao optar pela cama montessoriana, é importante observar se o restante do quarto atende às condições de segurança para essa autonomia noturna. Vale levar em consideração também a coluna dos pais e cuidadores! Nos primeiros meses, o bebê ainda precisa ser colocado e retirado da cama – pense que isso pode precisar ser feito mais de uma vez à noite, para amamentar e/ou trocar fraldas, e reflita sobre a quantidade de agachamentos que você precisará fazer se a cama estiver no chão.
Entender a perspectiva do bebê do alto dos seus menos de um metro de altura é o ponto de partida para pensar a disposição de móveis, brinquedos, livrinhos, roupas e decoração no quarto dele.
Confira mais dicas:
1. Você comprou um quadro lindo ou imprimiu fotos da família para decorar o quarto? Pendure-os numa altura que permita à criança ver e interagir. Se estiver na altura regular, apenas os adultos vão usufruir das imagens.
2. Cores neutras e suaves tornam o ambiente mais relaxante e aconchegante para a família
3. Espelho preso à parede, na altura da criança, é um ótimo estímulo para ela se conhecer. As crianças adoram!
4. Barras de apoio fixadas na parede, no estilo das barras de balé, também são excelentes para ajudar a criança a ficar em pé e ensaiar os primeiros passos.
5. Brinquedos e livrinhos ao alcance das crianças para que possam escolher com qual querem brincar fortalecem a autonomia. Uma estante aberta e firme com poucos brinquedos é a melhor pedida. É importante que sejam poucos, para não gerar ansiedade do tipo “por onde começo?” (e também para diminuir a bagunça!). De tempos em tempos, é interessante revezar os brinquedos acessíveis, trocando os que despertam menos interesse por outros. Meses depois, vale reapresentar aqueles brinquedos que não chamaram atenção no primeiro momento, pois os interesses das crianças podem mudar.
6. Uma arara de roupas da altura da criança é um superincentivo para que ela aprenda a se vestir sozinha. Aqui, também vale a dica de não deixar tantas peças disponíveis.
7. Torres de aprendizagem (são como escadinhas bem estruturadas) também ajudam a criança a acessar pontos mais altos, como a pia do banheiro.
Independentemente do mobiliário e da decoração do quarto do bebê, estimular a autonomia infantil desde cedo não só é importante para o desenvolvimento motor e cognitivo, mas também reflete na autoestima da criança. Ela ficará mais confiante na sua capacidade de escolha e de ação. Mas, atenção: isso não significa deixar a criança sem supervisão, combinado? A sua presença também ajuda a passar segurança.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Educlub | Exame
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