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Endometriose: você está atenta aos sinais?


Endometriose é uma doença que atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e por isso é tão importante conhecer melhor o que é a doença, quais são os sintomas e tratamentos que podem reduzir seus efeitos. Vamos entender?


Endometriose é uma doença crônica, mas, para entendê-la, precisamos saber, primeiro, o que é endométrio: é a camada que reveste a parede interna do útero (do grego endo = dentro e metra = útero).


O endométrio é muito importante para o funcionamento do corpo da mulher. É ele que, por exemplo, envolve o útero para receber um embrião. É essa camada, também, que é expelida e renovada a cada menstruação. Mas um crescimento do tecido endometrial “fora do lugar” causa problemas.


A endometriose acontece quando parte do endométrio, ao invés de ser expelido, volta pelas trompas e alcança a cavidade pélvica e a região abdominal, podendo ainda aderir e crescer em outros órgãos como ovários, tuba/trompas, bexiga e até no reto e no intestino – a chamada endometriose intestinal.


E a endometriose profunda?


Existem alguns tipos de endometriose classificados pela gravidade. As duas principais definições são:

  • Endometriose superficial: lesões nas superfícies dos órgãos pélvicos ou do peritônio (parte interior do abdômen). Ela pode ter sintomas mais leves, mas os mesmos efeitos a longo prazo, já que pode progredir.

  • Endometriose profunda: definida quando os implantes do endométrio alcançam uma parte mais profunda dos órgãos e não só a superfície. Geralmente, essa profundidade é maior do que 5 milímetros.

Os sintomas de endometriose envolvem:

  • Dor/cólicas fortes

  • Dor durante e/ou após a relação sexual

  • Dor ao evacuar (fazer cocô)

  • Dor nas costas, principalmente na lombar

  • Ciclo menstrual irregular

  • Dificuldade para engravidar – mesmo após cerca de um ano de tentativas

Lembre-se: se suas cólicas menstruais chegam a te impedir de fazer outras atividades, é sinal de que algo está errado. Converse com seu médico!

Fique atenta aos fatores de risco também!


A endometriose também pode ser assintomática, não apresentando sintomas por algum tempo. Por isso é importante manter visitas frequentes ao médico e ficar atenta aos fatores de risco:

  • Se sua mãe ou irmã têm/tiveram endometriose

  • Ter começado a menstruar muito cedo

  • Estresse

  • Menstruações longas (sete dias ou mais)

Quando há suspeita de endometriose, podem ser solicitados alguns exames como ultrassom endovaginal, ressonância magnética, exame de sangue CA-125, biópsia, entre outros.


Mas quem indica os exames que devem ser realizados é o profissional de saúde. Por isso, mantenha uma frequência regular de visitas ao seu médico e consulte um(a) ginecologista anualmente.

A endometriose, até hoje, não tem cura, mas tem tratamentos que impedem que a doença progrida. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhores as chances de evitar danos para a pessoa. Geralmente, a doença regride espontaneamente na menopausa devido à queda na produção hormonal.


Os tratamentos possíveis são:

  • Medicamentos

  • Uso de hormônios que interrompem a menstruação

  • Cirurgia de retirada e raspagem das áreas com aderência

  • Histerectomia (retirada do útero)

Os processos cirúrgicos são indicados apenas nos casos mais graves da doença. Cada tratamento vai ser indicado de acordo com a gravidade do problema, a idade, o desejo de engravidar e os sintomas.

Como conviver com a endometriose?


Além dos tratamentos efetivos, há dicas paliativas para garantir a qualidade de vida de mulheres que convivem com a doença.


Uma delas é a atividade física, que alguns estudos indicam como sendo um poderoso método de reduzir dores e evitar a progressão. Outra dica é a compressa de água quente, que pode ajudar contra as cólicas.


Adotar medidas de controle do estresse como meditação, mindfulness e autoconhecimento também é eficaz. Vale considerar, contudo, que os outros tratamentos são essenciais!


A endometriose pode levar a mulher a se tornar estéril, se não houver tratamento, apesar de não ser uma regra. Infelizmente, a doença ainda é uma das principais causas da infertilidade feminina.


Essa relação se dá porque o endométrio nas tubas/trompas uterinas e ovários causa diferenças anatômicas que impedem ou dificultam a fecundação.


Para que possa ocorrer uma gravidez, diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais. Mantenha hábitos saudáveis em sua rotina e esteja sempre em contato regular com seu médico.


Além disso, caso já tenha engravidado anteriormente, pode ser que a endometriose impeça ou dificulte uma nova tentativa de gestação. Fique atenta a qualquer sinal do seu corpo!




Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Drauzio Varella, Febrasgo, Rede D'or São Luiz, Ministério da Saúde, HCor

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