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Disfagia: dificuldade para engolir requer atenção



Engolir a saliva e as refeições parece um ato muito simples, não é mesmo? No entanto, pode ser uma tarefa complicada para algumas pessoas: é o caso de quem sofre de disfagia.

A condição costuma acometer crianças e idosos, mas pode se manifestar em qualquer idade. É um problema que requer conscientização e cuidados porque pode afetar a qualidade de vida ou sobrevida do paciente.


Disfagia é a dificuldade para engolir alimentos, líquidos e saliva. Pode acontecer em qualquer etapa do processo de deglutição entre a boca e o estômago.


Ela pode ser congênita ou adquirida. É comum que esteja associada a doenças neurológicas, como Parkinson, Alzheimer e paralisia cerebral, ou oncológicas, como câncer de pulmão e câncer de cabeça e pescoço.


Tumores no sistema nervoso central, acidente vascular cerebral, linfoma, doença pulmonar obstrutiva crônica e covid-19, assim como o envelhecimento natural, também fazem parte da lista de causas.

Os sintomas mais comuns da disfagia são:

  • Dificuldade para mastigar e/ou engolir alimentos e líquidos

  • Necessidade de engolir várias vezes a comida ou a própria saliva

  • Sensação de alimento parado na garganta

  • Dor para engolir

  • Tosse ou pigarro constante durante a alimentação

  • Engasgos muito frequentes

  • Falta de ar

  • Mudança na cor da pele durante ou após a alimentação (pele pálida ou roxa) Emagrecimento sem causa aparente

Quando um quadro de disfagia se complica, há impacto direto no estado nutricional do indivíduo, por causa da redução do consumo de alimentos líquidos e sólidos.

Nesse sentido, pode haver o risco de desnutrição ou desidratação, além de broncoaspiração e pneumonia.


São problemas que apresentam risco de morte, portanto, é fundamental identificar e procurar o tratamento adequado para a disfagia com antecedência.

Você sabia? O engasgo eventual não é necessariamente sinal de disfagia. Ele é um reflexo do organismo, que acontece quando uma pequena parte do alimento ou saliva atinge a laringe. Assim, uma tosse intensa é produzida para tentar expulsar o resíduo, evitando que ele atinja os pulmões.

É possível manter uma boa deglutição e prevenir a disfagia com higiene bucal e exercícios para a musculatura facial.


Um exemplo é, na hora de escovar os dentes, escovar a língua e fazer bochechos. Além de higienizar, essas ações ajudam a exercitar os músculos da face. Depois, é válido fazer movimentos com a língua para fora da boca.


Muitos idosos preferem alimentos pastosos, mas uma boa forma de prevenir a disfagia é justamente se desafiar a mastigar. Assim, sempre que possível, é bom escolher alimentos que demandam esse treinamento.

Tratamento da disfagia


O tratamento para disfagia varia de acordo com o caso, mas geralmente envolve uma equipe multiprofissional, com médico, nutricionista, fonoaudiólogo etc. Em casos de disfagia moderada, podem ser indicados alimentos pastosos. Em disfagias mais severas pode ser necessária a nutrição por vias alternativas. Em todos os casos, é fundamental seguir a orientação médica.


Durante esse processo, também são feitos exercícios para aumentar a força muscular dos lábios, da língua e das bochechas, e algumas técnicas, como respiração controlada ou mudança na posição da cabeça na hora de comer.


Aos poucos, o cérebro pode recuperar o comando dos músculos e facilitar o comando da deglutição.


Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Hospital Sírio Libanês | Gov.br - Saúde | SBGG


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