Correr, pular, dançar, jogar bola e brincar são atividades que fazem parte de uma infância saudável. Aliás, mexer o corpo e se divertir é fundamental durante toda a vida.
Sabemos que nunca é tarde para começar, mas, quanto mais cedo esse hábito é estimulado, maiores são as chances de uma vida adulta fisicamente ativa.
As brincadeiras ativas têm um concorrente de peso: as telas. Elas fazem parte da vida contemporânea, mas é possível (e recomendável) estipular momentos para atividades on e off-line.
E o melhor: ao fazer esse esforço pelas crianças, os adultos responsáveis também podem se beneficiar, encontrando seu próprio ponto de equilíbrio e afastando o comportamento sedentário.
O sedentarismo é a falta ou escassez de atividade física no cotidiano. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 150 minutos por semana seria o mínimo para uma pessoa não ser considerada sedentária. Mas a mesma OMS lembra que todo movimento é bem-vindo para começar uma vida mais ativa. E isso vale para todas as idades!
Diminui o do risco de obesidade
Melhora a qualidade do sono
Desenvolve a coordenação motora
Amplia as funções cognitivas
Promove a saúde mental, integrando habilidades psicológicas e sociais
Contribui para o crescimento saudável de músculos e ossos
Ajuda a saúde do coração e o condicionamento físico
Tirando o tempo de sono e de refeições, não há limite máximo de tempo para as crianças se exercitarem em brincadeiras variadas. A Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam tempos mínimos. Confira abaixo:
Crianças até 1 ano:
para os que ainda não engatinham, é importante fazer atividades de bruços (barriga para baixo) por pelo menos 30 minutos espaçados ao longo do dia. Além disso, tentar alcançar ou empurrar objetos, rolar e se arrastar são atividades típicas da idade e devem ser incentivadas – sempre em ambiente limpo e seguro.
Crianças de 1 a 2 anos:
ao longo do dia, crianças nessa faixa etária precisam fazer pelo menos 3 horas de atividades físicas. Andar, girar, escalar, lançar e chutar bola são boas pedidas.
Crianças de 3 a 5 anos:
dentro das mesmas 3 horas diárias de atividades físicas, recomenda-se que pelo menos 1 hora seja de intensidade moderada a vigorosa (quando a respiração começa a ficar mais ofegante). Correr, pular amarelinha, brincar de roda, jogar bola, atravessar obstáculos, escalar, brincar no parquinho e dançar estão entre os exemplos.
Crianças e jovens de 6 a 17 anos:
ao chegar na idade escolar, o tempo mínimo passa a ser de 60 minutos por dia. Atividades de intensidade vigorosa (quando fica impossível conversar ao mesmo tempo) e de força devem ser feitas pelo menos 3 vezes por semana. A gama de atividades se amplia conforme eles crescem: esportes coletivos, atletismo e ciclismo podem fazer parte da rotina semanal. Mas também aqui é preciso priorizar a diversão e escolher uma atividade que a criança e/ou adolescente realmente goste de praticar.
Já vimos por que estimular a atividade física entre crianças e adolescentes e por quanto tempo, mas a pergunta que não quer calar é: como? Convencer as crianças a saírem das telas é um desafio para muitos pais e mães, e ficou ainda mais difícil depois do isolamento social durante a pandemia.
Para ajudar, reunimos 10 dicas para acabar com o sedentarismo infantil.
1. Antes de fazer contas de horas, lembre-se: praticar alguma atividade já é melhor que nenhuma! Comece aos poucos, até a criança se acostumar.
2. Dentro das suas possibilidades, ofereça oportunidades de conhecer diferentes atividades para que a criança decida qual é mais prazerosa.
3. Tenha uma caixinha na sala para guardar os eletrônicos e criar momentos sem tela para toda a família.
4. Defina um horário do dia para fazerem alguma atividade física juntos.
5. Não exagere na quantidade. A criança deve associar a atividade física ao prazer e não à dor.
6. Converse sobre a importância dos cuidados com a saúde, como alimentação equilibrada, exercícios físicos e sono adequado.
7. A companhia de amigos é um ótimo estímulo. Que tal convidar um coleguinha?
8. A música é uma aliada dos hábitos fisicamente ativos. Vale soltar o som e chamar a família pra sala dançar ou até mesmo para fazer uma faxina.
9. Atividades do dia a dia ajudam muito: que tal ir de casa para a escola ou creche caminhando ou pedalando com o adulto responsável? Quando maiorzinhos, vale ajudar a estender e recolher as roupas, arrumar a cama e varrer. Assim, a criança movimenta o corpo e desenvolve noções de responsabilidade.
10. Não se culpe se não conseguir colocar todas essas dicas em prática. Encontre o que faz sentido na sua rotina e no cuidado da sua família!
Engana-se quem pensa que exercícios físicos concorrem com os estudos. Na verdade, a prática regular é uma grande aliada da concentração e da capacidade de aprendizado.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Ministério da Saúde
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