Para os novos papais e mamães, essa é uma sigla que deve aparecer com frequência quando o assunto é cuidado com a saúde dos pequenos.
O VSR é muito comum e chega a infectar entre 90% e 100% das crianças com até dois anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Geralmente, causa sintomas leves, parecidos com um resfriado comum, que vão embora entre sete e doze dias.
Mesmo a maior parte dos casos sendo leves, o vírus é responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças na mesma faixa etária, conforme dados da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O que é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)?
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o principal responsável por infecções respiratórias, como as bronquiolites e as pneumonias, em bebês e crianças de até dois anos. Mais frequente em determinadas épocas do ano, o vírus é muito contagioso, sendo transmitido pelo ar, por toque e por objetos e superfícies contaminados.
O VSR atinge o trato respiratório inferior (traqueia e pulmões) e, normalmente, provoca sintomas leves, como coriza, tosse, febre e mal-estar por cerca de 7 a 12 dias. Em recém-nascidos prematuros, os principais sintomas são apneia (pausas na respiração) e aumento da necessidade de oxigênio.
Em geral, o tratamento é simples e feito em casa. Em situações mais graves, quando a criança apresenta chiado no peito e tem dificuldade para respirar, o tratamento deve ser feito no hospital.
Vale lembrar que qualquer medicação deve ser administrada com prescrição e acompanhamento do pediatra.
O VSR pode ser muito parecido com um resfriado, mas também pode evoluir para condições mais sérias. Para evitar casos graves, é essencial adotar medidas de prevenção e realizar o diagnóstico correto.
Doença sazonal é aquela mais frequente em determinadas épocas do ano. Sua incidência está relacionada às variações de estação e temperatura.
Quais são os grupos de maior risco?
Fazem parte dos grupos de risco aqueles que têm maiores chances de desenvolver quadros graves de uma doença e, por isso, merecem atenção extra e imediata. Quando se trata de VSR, os cuidados devem ser redobrados para:
Prematuros nascidos com até 35 semanas, uma vez que apresentam risco de hospitalização dez vezes maior que os bebês nascidos a termo.
Bebês com displasia broncopulmonar (DBP), doença resultante do tratamento de complicações decorrentes da prematuridade, tipicamente relacionada à ventilação prolongada.
Bebês com cardiopatia congênita, caracterizada por malformações na estrutura ou na função do coração que surgem durante o desenvolvimento do embrião.
Quais são as principais medidas de prevenção?
O VSR é altamente contagioso e sua contaminação se dá por meio do ar, do toque e do contato com objetos e superfícies contaminados. É então que percebemos que a prevenção requer a colaboração de todos.
Confira algumas das principais medidas de prevenção recomendadas por especialistas:
Evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, principalmente nos primeiros meses de vida do bebê;
Manter ambientes com ventilação adequada;
Evitar exposição do bebê ao fumo;
Higienizar as mãos com sabão ou álcool em gel com frequência;
Utilizar máscaras;
Evitar o contato com crianças e adultos infectados;
Se a mãe estiver infectada, deve utilizar máscara e fazer higiene adequada, mas seguir amamentando normalmente.
Em ambientes hospitalares, é importante ficar atento aos cuidados que as equipes de saúde devem adotar, como: isolamento dos casos suspeitos e confirmados; medidas de controle de infecção hospitalar; higienização frequente das mãos e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, óculos, máscaras e aventais.
Tem vacina contra o VSR?
Hoje, ainda não existe uma vacina capaz de combater o VSR, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, um medicamento eficaz na prevenção de formas graves da doença. Informado em prescrição médica, o medicamento é indicado principalmente para os bebês que se enquadram em grupos de risco, ou seja, para prematuros extremos, portadores de cardiopatia congênita ou doença pulmonar crônica.
Apesar de não haver uma vacina específica contra o VSR, os especialistas apontam que é fundamental manter a carteira de vacinação em dia. Dessa forma, é possível evitar a transmissão de doenças preveníveis que também podem causar doenças potencialmente graves.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Fiocruz (1, 2, 3), Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade de Pediatria de São Paulo.
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